quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O DESENVOLVIMENTO DAS QUATRO INTELIGÊNCIAS



O homem global é formado por
corpo, mente, espírito e emoção.
Parece até coisa sabida,
praticada, mas não é!
Vive-se parcialmente.
Alguns esquecem do corpo
e vivem no templo da mente e por ela
buscam aproximar-se do espírito.
Mas o corpo esquecido cobra-lhes
sustentação, o bem-estar,
a disposição, o ar fresco pleno nos pulmões.
Falta-lhes o sangue forte e vivo
correndo nas veias.
Então suas mentes agonizam
e seus espíritos se apagam
como luz noturna do farol da vida.
(Nuno Cobra)?

Caminhando em direção ao autoconhecimento e autodesenvolvimento, vamos conhecer o que é chamado de: Paradigma do Homem Integral. A psicóloga Maria do Carmo Nacif de Carvalho, em seu livro, Relacionamento Interpessoal, afirma que: “Sob este prisma, vamos encontrar, entre os muitos dons com os quais nascemos; as quatro admiráveis partes da nossa natureza que são: corpo, mente, coração e espírito.”  Segundo Stephen R. Covey, consultor e escritor, em seu livro O Oitavo Hábito, a cada uma delas corresponde uma capacidade ou inteligência, que todos possuímos: nossa inteligência corporal, nossa inteligência mental, nossa inteligência emocional e nossa inteligência espiritual.

INTELIGÊNCIA FÍSICA - A inteligência física do corpo é uma inteligência da qual estamos implicitamente cientes, mas que muitas vezes é negligenciada. Basta pensar no que o nosso corpo faz sem nenhum esforço consciente. Ele regula nossos sistemas respiratório, circulatório, nervoso e outros, de importância crucial. Está sempre combatendo células doentes e lutando pela sobrevivência. Sabemos que o corpo é capaz de curar a si mesmo. A cura está dentro dele. Quando ele é agredido emite sinais que às vezes não compreendemos ou sequer tentamos compreender.

INTELIGÊNCIA MENTAL - inteligência mental é a nossa capacidade de analisar, raciocinar, pensar abstratamente, visualizar, usar a linguagem e entender. Apesar de ser a mais conhecida, é uma interpretação considerada hoje demasiado estreira e limitada.

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL – A inteligência emocional é muito mais abrangente, e, inclui o autoconhecimento, a sensibilidade social, a empatia e a capacidade de nos comunicarmos adequadamente com outras pessoas. Inclui a capacidade de reconhecermos nossas fraquezas e respeitarmos as diferenças. Cada vez mais a inteligência emocional tem sido uma referência para se obter sucesso pessoal e profissional em um mundo globalizado cujos desafios são uma constante no dia-a-dia de todos nós.

INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL – A quarta Inteligência é a espiritual. É a inteligência central e mais fundamental de todas porque é a fonte de orientação das outras três. Ela representa nosso impulso em direção ao sentido e à conexão com o infinito.  
Por espiritual entendo a antiga e permanente busca de conexão com algo maior e mais digno de confiança do que nosso ego – com nossas almas, com os outros, com os mundos da história e da natureza, com os invisíveis ventos do espírito, com o mistério da vida” (Richard Wolman, inteligência espiritual).
A inteligência espiritual promove nossos sonhos e nosso progresso. Compõe nossas crenças e valores, nos permitindo assistir à nossa própria existência.

Pessoa
Integral
Quatro
necessidades
Quatro inteligências/
Capacidades
Quatro
atributos
Corpo
Viver
Inteligência física
Disciplina
Mente
Aprender
Inteligência mental
Visão
Coração
Amar
Inteligência emocional
Paixão
Espírito
Deixar um legado
Inteligência espiritual
Consciência

Fonte: Gestão Estratégica. Carvalho, Maria do Carmo Nacif. Editora LTC

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

CONSTRUINDO A AUTOESTIMA


Os alicerces da nossa autoestima são construídos na nossa infância. E a obra é realizada pelos pais. Normalmente, as pessoas dotadas de uma autoestima sólida são o resultado de um amor incondicional de seus pais. Infelizmente, os pais baseiam a educação a partir de critérios como o desempenho escolar, o silêncio durante as refeições, comer de boca fechada ou ainda a disposição da criança em nos agradar. É claro que é extremamente necessário que se imponha limites. Mas sem excessos. Castigos desumanos e humilhações de toda espécie, dão origem a fortes sentimentos de culpa, vergonha e insegurança. Os pais que exageram e superprotegem seu filho, também transmitem uma mensagem de que o considerada incapaz e o desvaloriza.

O amor próprio  nasce na infância e sofre flutuações no decorrer da vida. O bom começo, como uma base sólida facilita muito, mas o que vem depois também ajuda e influencia na autoestima.

Resumindo, se por um lado não começamos bem, ao longo da vida temos novas oportunidades de resgatar e reconstruir nossa autoestima.

lembra-se da régua de 24 centímetros que representa as 24 horas que vivemos a cada dia? Pois bem, cabe a cada um de nós vivermos o papel de:  nosso melhor amigo ou pior amigo. Afinal, quando nossas críticas se voltam para dentro de nós, fazemos julgamentos impiedosos de nossa própria pessoa e assumimos comportamentos destrutivos e expectativas pessimistas; desta forma somos nosso pior inimigo.

Isso acontece a partir do comportamento de educadores na infância que poderão ter promovido a nossa baixa autoestima por meio dos seguintes mecanismos: Culpa, Medo, Críticas e Ressentimento.

Mas, como é que ficamos nessa situação? Existe uma solução? Ou estamos sentenciados a levar as marcas da nossa educação imperfeita para o resto de nossas vidas? O que nos impede de fazer mudanças?

Vamos lembrar que somos dotados de liberdade de escolha e de um potencial enorme de nos autoconhecer, tomar decisões e reprogramar nossa vida.

Algo é indiscutível: a mente humana pode tanto destruir a autoestima como estimulá-la pelo uso de mecanismo e ferramentas que tem em si o poder de reconstruí-la. Veja:
Meditações, O riso, Canto e Dança, Toque, Sexualidade e o contato com os animais:

Se eu procuro afirmações positivas, posso através da meditação, refletindo sobre um texto inspirador de um poema, por exemplo, refazer um fato vivido durante o dia e reconstruí-lo na próxima manhã. A sabedoria popular diz que rir pode ser um grande remédio. O cientista Albert Einstein já dizia que infeliz do homem que não ri de si próprio. Viver com alegria tudo o que se faz, mesmo nas complicações, melhora nossa autoestima. O que dizer então de cantar e dançar alegremente com a companheira (o), com os amigos. Afinal o toque durante a dança acaricia a alma; a massagem é efetiva contra a depressão, e mesmo dormir aconchegado pele contra pele pode, de baixar a pressão sanguínea e ampliar as ondas cerebrais a fortalecer o sistema imunológico.  E a sexualidade? Na psicologia afirma-se que o prazer sexual e sensual é um sinal espontâneo enviado pelo eu mais profundo. Na verdade, diz a psicóloga Maria do Carmo Nacif de Carvalho, que como o amor e o riso, o verdadeiro prazer é uma emoção que não pode ser forçada, e é uma expressão do autêntico eu. Também o contato com os animais, é uma forma de desenvolvermos a saúde, a força do eu. Os animais não se importam se estamos perdendo a visão, não podemos andar ou se “quebramos” financeiramente. Tudo que querem é nos amar incondicionalmente. Isto nos faz sentir amados e detém o poder de levantar nosso moral e nossa autoestima de forma mais rápida do que em uma terapia. Finalmente, o contato com a natureza. Quem já não se elevou frente às ondas do mar? Ou na paz transmitida pela leveza das águas em um rio, sentiu uma crescente sensação de bem-estar? Se soubermos respeitar a natureza e viver com as plantas e os animais, certamente elevaremos nossa autoestima.

 AUTOESTIMA E TRABALHO

Voltemos ao trabalho, já que é através dele que sustentamos nossa existência. Para melhor desempenhá-lo precisamos de metas e esforços produtivos. Caso contrário continuamos a ser crianças. Então a autora afirma que temos de responder as seguintes perguntas: “O que precisa ser feito? Como posso melhorar minha situação? Como vou sair desse impasse? Como posso aproveitar melhor minha energia? Como posso corrigir a situação?”

No trabalho encontramos pessoas que assumem atitudes passivas ou ativas. As pessoas responsáveis não buscam desculpas. Dirigem-se sempre para a busca de solução. Certo? Pois muito bem, encontramos em todas as organizações os dois tipos de pessoas, as que esperam que as soluções partam de outros e aquelas que assumem as responsabilidades de encontra-las. Em resumo:

Organizações eficientes são compostas por colaboradores responsáveis.

Neste panorama, é inegável que a autoestima, que sempre foi uma necessidade pessoal imprescindível, ganhou nova importância nas últimas décadas. Nossa sobrevivência tem uma relação estreita com o cultivo da autoestima. Os fracassos das empresas estão em grande parte relacionados ao medo de tomar decisões por parte dos executivos. Por tudo isto:

Nunca se fez tão necessário e fundamental que as pessoas possuam um nível saudável de autoestima.

  Fatores que contribuem para esta necessidade:

1.       A contínua e progressiva explosão de novas tecnologias, produtos e serviços. Individuos conscientes, que quiserem progredir na sua carreira, não podem se acomodar no conhecimento  nas habilidades do passado. Os avanços e as descobertas científicas e tecnológicas se desenvolvem numa velocidade sem precedentes.
2.      
O aparecimento de uma economia global cuja competitividade desafia nossa engenhosidade e a confiança que temos em nós mesmos. A competição global é um estímulo muito mais poderoso à inovação do que a competição doméstica. Cada cultura tem suas perspectivas próprias, outras maneiras de encarar as coisas. Ao mesmo empo que essas ideias enriquecem o pensamento organizacional, exige-se um nível mais alto de autoestima e de competência para se disputar nesse cenário.
3.    
   A mudança da economia de industrial para informatizada, a diminuição de trabalhadores braçais. Hoje a demanda é por trabalhadores do conhecimento. No passado, um operário com baixa autoestima podia funcionar com eficiência num ambiente formado pelos mais bem habilitados. Porém hoje o acesso a trabalhos decentes exige instrução e treinamento. Na complexidade das organizações se fazem necessários especialistas de todo o tipo, como sua integração numa equipe eficiente. Nesse esquema a competência interpessoal é altamente valorizada. E a baixa autoestima compromete essa competência.
4.   
    As pessoas em todos os níveis são cada vez mais solicitadas a se autogerenciarem, a serem responsáveis, a inovarem e a contribuírem com a prioridade máxima, independentemente de pertencerem a cúpula das organizações.
5.
       Quanto mais instável for a economia e mais rápida a velocidade da mudança, mais necessária a existência de um grande número de pessoas com boa autoestima. Sabemos que há uma relação direta entre baixa autoestima e o apego ao que é conhecido e familiar. Consequentemente, na história do mundo, a baixa autoestima nunca foi tão desvantajosa economicamente como hoje.

A organização bem-sucedida de hoje e do futuro será aquela voltada para o aprendizado contínuo e para a autoestima.

Fonte: Gestão Estratégica. Carvalho, Maria do Carmo Nacif. Editora LTC.  

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

AUTOESTIMA


2.1 AUTOESTIMA
Não há como falar de Autoestima sem falar de Amor. E para compreendê-lo, é importante prosseguir a nossa caminhada pelo “conhece-te a ti mesmo” do filósofo Sócrates. Entretanto, antes de compreender o que significa ”amar-se a si próprio”, vamos entender o que significa amar os outros. O amor significa:

1.       O amor afirma o valor único e incondicional do ser amado.
2.       O amor reconhece e tenta satisfazer as necessidades do ser amado.
3.       O amor perdoa e esquece as falhas do ser amado.

Quando se diz “ame o próximo como a si mesmo”; entendemos que qualquer coisa que façamos ao nosso próximo, devemos também fazer conosco. Para entender isto, tente se imaginar no lugar da outra pessoa, a quem deve amar de verdade. E se pergunte:

1.       Você realmente tenta considerar e realizar suas necessidades?
2.       Você realmente se perdoa por suas faltas e erros?
3.       Você pensa em si próprio tão gentil e carinhosamente quanto pensa nas pessoas a quem mais ama?
4.       Você se oferece a mesma compreensão que oferece a elas?

Essa necessidade humana pode ser chamada de autoamor, autoapreciação ou como vamos chamar aqui de autoestima, mas uma coisa é certa: essa necessidade não pode ser seriamente frustrada sem que haja uma quebra geral de toda personalidade.  A psicóloga Maria do Carmo Nacif de Carvalho, em seu livro afirma: Podemos fazer duas considerações: a primeira é que todos os problemas psicológicos, da neurose mais leve à psicose mais profunda, são sintomas da frustração dessa necessidade humana básica: o sentido de valor pessoal.

A segunda é que a autoimagem de qualquer ser humano é que vai determinar radicalmente seu comportamento consigo mesmo e com os outros.
Acredita-se que o ser humano encontrará uma vida satisfatória na medida em que acreditar e estimar a si mesmo.

2.1.1. A Atitude de Autoaceitação.
      A autoestima implica autoaceitação, e é impossível uma existir sem a existência de outra. Enquanto a autoestima é um sentimento que experimentamos, a autoaceitação implica o que fazemos, é a recusa em manter um relacionamento antagônico (contrário) consigo mesmo, é estar ao próprio favor. Esta atitude é essencialmente importante, porque pode estimular o individuo a encarar o que for para se encontrar interiormente, sem se odiar ou repudiar seu valor como pessoa ou renunciar ao desejo de viver.

            “Aceitar” implica mais do que simplesmente reconhecer ou admitir. Envolve nossa abertura para experimentar, isto é, tornar real para nós mesmos, sem negações, que nós pensamos o que fazemos, desejamos o que desejamos, fizemos o      que fizemos e que somos o que somos. Se sinto raiva, dor, medo ou um desejo inconveniente, é isso que estou sentindo, sem racionalizar, negar ou tentar explicar. Sinto o que sinto e aceito a experiência.

            Para ilustrar leia a estória de um avô que conversa com seu neto:  
O neto aproxima-se do avô cheio de raiva no coração porque seu melhor amigo havia cometido uma injustiça:
O velho diz:
- “Deixe-me contar-lhe uma história.”
“Muitas vezes senti grande ódio daqueles que ‘aprontaram’ – especialmente quando percebia a maldade ou quando eles não se arrependiam.”
“Todavia, com o tempo aprendi que o ódio nos corrói, mas não fere seu inimigo.”
“É como tomar veneno ao desejar que o inimigo morra.”
“Passei a lutar contra esses sentimentos”.
E o experiente homem continuou:
“Tenho a sensação de que existem dois lobos dentro de mim. Um dos lobos é bom, só quer o bem, e não magoa ninguém. Esse lobo vive em harmonia com o universo ao seu redor, e não se ofende, não fica vendo, no que não entende, agressões. Esse lobo só luta quando é certo lutar, e quando luta, o faz da maneira correta.”
“Mas, ah! o outro lobo é cheio de raiva. Mesmo pequeninas coisas provocam sua ira ! Ele briga com todos, o tempo todo, sem motivo. Ele não consegue nem pensar, porque sua raiva e seu ódio são tão grandes que ocupam toda sua energia mental. É uma raiva inútil, porque essa raiva não mudará o mundo ! Às vezes, é difícil conviver com os dois lobos dentro de mim, porque ambos tentam dominar meu espírito”.
O garoto – atento – olhou intensamente nos olhos do Avô e carinhosamente perguntou:
“Qual deles vence, Vovô?”
O Avô sorriu e respondeu baixinho:
“Aquele que eu alimento mais frequentemente”

            Quanto admito o erro, estou pronto para aprender com ele e caminhar para uma transformação. É preciso lembrar que aceitar não significa apreciar, ter prazer ou aprovar. O que me mantêm imobilizado não é  aceitação e sim a negação. A motivação de mudar surge quando não negamos a realidade. E aceitamos o que não podemos mudar. Esta postura nos torna mais fortes e centrados.

            Nas palavras do teólogo estadunidense: 
            Concedei-nos Senhor, Serenidade necessária, para aceitar as coisas que não podemos modificar, Coragem para modificar aquelas que podemos e Sabedoria para distinguirmos umas das outras.”
Reihold Niebuhr

2.1.2 A Atitude de Autorresponsabilidade.
            A autoestima começa quando examinamos nossos verdadeiros sentimentos, conhecemos nossa história e decidimos reescrevê-la, responsabilizando-nos por um roteiro mais digno, no qual coexistem relações mais saudáveis conosco, com os outros e com a vida, que deve ser encarada como um processo de aprendizagem e evolução.

            A atitude de autorresponsabilidade é essencial para nos sentirmos competentes perante a vida. Implica que precisamos sentir que temos algum controle sobre nossa. Vida

Fonte: Relacionamento Interpessoal. Gestão Estratégica.
 Maria do Carmos Nacif de Carvalho. Editora LTC. 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

1.4 O TRABALHO COMO FATOR MOTIVACIONAL



Em hebraico, a palavra trabalho, é abrador, e significa “servir a Deus”. Ver o trabalho somente como fonte de dinheiro acarreta desperdício de energias produtivas. Quando o dinheiro se torna uma obsessão para o profissional, seu trabalho se mostra apenas um meio de ter mais coisas em vez de ser fonte de auto realização.
                Muitos se sentem motivados apenas a fazer algo em troca de pagamento e acabam perdendo o mundo que o trabalho dá de presente a quem se entrega a ele com amor no coração. Sem o trabalho o ser humano é pessoa incompleta. Mas, por outro lado, o homem que realiza o trabalho em vida, sem amor, está condenado a se transformar em máquina. Trabalho com sucesso significa resgatar o lado humano. Sucesso é apenas uma pousada onde celebramos e descansamos para prosseguir a caminhada. Caminhar o trabalho. E quem não trabalha com prazer dificilmente vai comemorar o sucesso, que é a consagração justa de um caminho trilhado com amor. Vejam a beleza nas palavras de Khalil Gibram* sobre o trabalho:
“Quando trabalham vocês são como flautas através de cujo coração o murmúrio das horas transforma-se em música.
Qual de vocês gostaria de sder um caniço surdo e mudo, quando tudo mais canta junto em uníssomo?
Sempre lhes disseram que o trabalho é uma maldição  e a labuta um infortúnio.
Eu, porém, afirmo que quando trabalham vocês realizam uma parte do sonho mais distante da terra, atribuído a vocês quando aquele sonho nasceu,
E ao manter-se pelo trabalho vocês estão na verdade fazendo amor com a vida
E fazer amor com a vida através do trabalho é ter intimidade com o segredo mais profundo da vida””
Acreditamos, à semelhança do pensamento de Gibran, que existe algo que estabelece uma profunda relação entre o ser humano e o seu trabalho; esse algo é o prazer. O prazer rompe o ritmo alucinado do tempo e do trabalho, recorrendo aos ritmos genuínos  de que uma pessoa necessita como o pulsar do seu coração.  E o coração é o musculo mais forte que existe.
Vejam esse exemplo nas palavras do escultor Michelangelo**:


Certa vez perguntaram ao escultor Michelangelo como fazia para criar obras tão magníficas.
“É muito simples”, respondeu Michelangelo. “Quando olho um bloco de mármore, vejo a escultura dentro. Tudo que tenho que fazer é retirar as aparas”.
No fundo, a vida é a arte de ver além das aparências.
A obra de arte de nossa existência está, muitas vezes, coberta por anos de medos, culpas, indecisões. Mas se nós decidirmos tirar estas aparas, se não duvidarmos de nossa capacidade, seremos capazes de levar adiante a missão que nos foi destinada.


Na busca da plena satisfação através do trabalho, vamos ressaltar também um estudo coordenado pela pesquisadora Pamela Hartigan***, diretora da fundação Schwab.
                Pamela desenvolveu uma lista de dez pontos comuns entre as pessoas que, insatisfeitas com o mundo à sua volta, resolveram criar seu próprio trabalho:

Pamela Hartigan, diretora da Fundação Schwab, desenvolveu uma lista de dez pontos comuns entre as pessoas que, insatisfeitas com o mundo a sua volta, resolveram criar seu próprio trabalho. Penso que essa lista vai mais além do empreendimento social (como é chamado esse novo mecanismo) e pode ser aplicada a muitas coisas que fazemos na nossa vida diária:
1.     Impaciência: quem busca seu sonho não fica esperando as coisas acontecerem: vê os problemas de ontem como as oportunidades de hoje. Por causa da sua impaciência, é frequentemente obrigado a mudar de rumo, mas é essa adaptação que o amadurece.
2.     Consciência: quem busca seu sonho sabe que não está sozinho neste mundo e cada gesto seu tem uma consequência. O trabalho que está fazendo poderá transformar o ambiente ao seu redor. Entendendo este poder, ele passa a ser um elemento ativo da sociedade e isso o deixa em paz com a vida.
3.     Pragmatismo: quem busca seu sonho não fica esperando os recursos ideais para começar seu trabalho – arregaça as mangas e faz. Cada progresso, por menor que seja, aumenta sua confiança e a confiança daqueles que estão ao seu redor e os recursos terminam por aparecer.
4.     Inovação: quem busca seu sonho acredita que tudo pode ser diferente do que é, mas é preciso buscar um caminho que ainda não foi percorrido. Embora esteja sempre cercado da velha burocracia, dos comentários alheios e das dificuldades de penetrar em uma floresta ainda não desbravada, ele descobre maneiras alternativas de se fazer ouvir.
5.     Aprendizado: quem busca seu sonho é geralmente alguém que tem um grande interesse em determinada área e cuja observação faz com que encontre novas soluções para problemas antigos. Mas este aprendizado só poderá ser atingido através da prática e da constante renovação.
6.     Sedução: ninguém consegue sobreviver isolado em um mundo competitivo: consciente disso, quem busca seu sonho consegue fazer com que outras pessoas se interessem por suas ideias. E essas pessoas se interessam porque sabem que estão diante de algo criativo, comprometido com a sociedade, e que – além do mais – pode ser lucrativo economicamente.
7.     Flexibilidade: quem busca seu sonho tem uma ideia na cabeça e um plano para transformá-la em realidade. Entretanto, à medida que caminha, vai se dando conta de que precisa adaptar-se às realidades do mundo a sua volta e é a partir daí que sua responsabilidade social passa a ser um fator importante na transformação do meio ambiente. Um exemplo: para diminuir a mortandade infantil de uma determinada cidade, não basta cuidar da saúde das crianças. É preciso modificar a estrutura sanitária, o sistema de alimentação etc.    
8.     Teimosia: quem busca seu sonho pode ser flexível, mas está ao mesmo tempo concentrado em seu objetivo. Por causa de suas ideias inovadoras e por estar  sempre se movendo em terreno desconhecido, jamais diz: “tentei, mas não deu resultado”. Ao contrário, sempre busca todas as alternativas possíveis e os resultados terminam aparecendo.
9.     Alegria: quem busca seu sonho tem momentos difíceis, mas está contente com o que faz. Suas eventuais confusões e erros nada têm a ver com sua incapacidade e ele é capaz de sorrir quando dá um passo em falso – porque sabe que poderá corrigir seu movimento mais adiante.
10.  Contágio: quem busca seu sonho tem a capacidade única de fazer com que as pessoas a sua volta percebam que vale a pena seguir seu exemplo e fazer a mesma coisa.   Por causa disso jamais se sentirá sozinho, mesmo que vez por outra sinta-se incompreendido.

 *Khalil Gibram: Gibran Khalil Gibran (جبران خليل جبران بن ميکائيل بن سعد; em siríaco: ܓ̰ܒܪܢ ܚܠܝܠ ܓ̰ܒܪܢ; Bicharre, 6 de janeiro de 1883  Nova Iorque, 10 de abril de 1931, também conhecido simplesmente como Khalil Gibran, foi um ensaísta, filósofo, prosador, poeta, conferencista e pintor de origem libanesa, cujos escritos, eivados de profunda e simples beleza e espiritualidade, alcançaram a admiração do público de todo o mundo.
 **Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni (Caprese, 6 de Março de 1475  Roma, 18 de Fevereiro de 1564), mais conhecido simplesmente como Miguel Ângelo (português europeu) ou Michelangelo (português brasileiro), foi um pintor, escultor, poeta e arquiteto italiano, considerado um dos maiores criadores da história da arte do ocidente.
 *** Pamela Hartigan é Diretor Executivo do Centro Skoll de Empreendedorismo Social na Said Business School da Universidade de Oxford. Ela também é sócio-fundador da Volans Ventures, uma organização lançado em 2008 e focado na construção de inovadoras soluções escaláveis ​​para desafios que afectam o nosso futuro.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

DATA DA PROVA

Caros Alunos,

Em função da paralisação dos professores, nesta data (18/09/12), a aplicação de nossa prova fica automaticamente transferida para a próxima terça-feira, dia 25/09/12.

domingo, 9 de setembro de 2012

DATA DAS PROVAS

Em função da Reunião de Replanejamento marcada para o dia 11 de Setembro, próxima terça-feira, a prova será aplicada no dia 18 de Setembro. A do dia 13 de Setembro, próxima quinta-feira, não sofrerá alteração e será aplicada normalmente.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

TODO CONTEÚDO DA PROVA


1.     MUDANÇAS
1.1.    Desafio do Autoconhecimento e do Autodesenvolvimento
1.1.1. Ferramentas para:
1.1.1.1.              Iniciar uma autoanálise
1.1.1.2.              Identificar seu nível de motivação
1.1.1.3.              Como lidar com suas frustações
1.1.1.4.              Identificar os mecanismo de defesa que desenvolveu
1.1.1.5.              Refletir sobre o trabalho e o seu sentido para sua vida
O sucesso não acontece por casualidade. É fruto de esforço, da própria capacidade; entretanto, raramente se trata de uma conquista individual e solitária. Quase nunca se alcança um objetivo sozinho.
A situação está mais propícia hoje para pessoas de mentalidade global:
·         Veem mudança como oportunidades
·         Sentem-se à vontade com ambiguidades
·         Buscam continuamente estar abertas a si mesmas e aos demais
·         Repensam limites e examinam alternativas
·         Encontram novos significados, mudando sua direção e conduta
·         Usam o poder de forma construtiva
Conhecer a si próprio não é tarefa trivial, nem produto acabado, é um processo que não termina nunca.
Vivemos atualmente em uma era denominada pós-modernismo:  um sistema de valores que, diferentemente da ênfase exclusiva no crescimento econômico que caracterizou a sociedade industrial moderna, prioriza aspectos relacionados a um maior sentido de participação e qualidade de vida. Poderíamos dividir os valores emergentes em dois grupos:
O primeiro conjunto diz respeito ao desejo de maior participação pessoal, manifestado pelo exercício de direitos, deveres e responsabilidades; o segundo está relacionado à realização do potencial humano.
Ambos estão orientados para uma visão mais social e humanista que aponta para uma transformação pessoal, para um olhar voltado para dentro de si mesmo.
Uma história ilustrativa nos convida à reflexão:
Nasrudin, um misto de sábio e tolo, certo dia procurava alguma coisa no jardim e foi abordado por um vizinho.
--- O que você perdeu? Perguntou o vizinho.
--- Minha chave – respondeu Nasrudin
O vizinho então ajoelhou-se e começou a ajudá-lo a procurar. Passados alguns minutos,
o vizinho perguntou:
--- Onde a deixou cair?
--- Em casa – Respondeu Nasrudin.
--- E então por que você está procurando a chave aqui no jardim?
---Porque aqui tem mais luz – respondeu o sábio tolo.
                Semelhante a Nasrudin, quantas vezes procuramos fora a solução que está dentro de nós? É pertinente resgatarmos a sabedoria de Sócrates, que viveu cinco séculos antes de Cristo  e ensinava:  “Conhece-te a ti mesmo”, tal como escrito no Oráculo de Delfos.
2.       MOTIVAÇÃO
Definição: (Com as suas palavras):_________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Exemplo de “coisas” que te motivam: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Explique estas escolhas éticas:
Competição e cooperação:_______________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Dominação ou parceria:__________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Quantidade e qualidade:_______________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Controle da população ou direito a vida:____________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Recessão ou estímulo ao  consumo:______________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

MOTIVAÇÃO
É um processo interno às pessoas que se configura a cada momento, no fluxo contínuo da vida. Pode-se dizer que se trata de uma força uma energia que nos impulsiona a alguma coisa. É uma porta que se abre de dentro para fora. Ninguém motiva ninguém. Mas estímulos externos provocam, incentivam nossa motivação. Os estímulos são internos, porém a motivação é interna.
TEORIAS DA MOTIVAÇÃO
2.1.    Teoria de Maslow
Desenvolvida pelo psicólogo Abraham Maslow consiste na formulação de uma hierarquia de necessidades e desejos:


      




3.2  Teoria de Herzberg
Frederick Herzberg (Lynn, Massachusetts, EUA, 18 de Abril de 1923 - 19 de Janeiro de 2000, Salt Lake City, Utah) foi o autor da "Teoria dos dois fatores" que aborda a situação de motivação e satisfação das pessoas.

 Nesta teoria Herzberg afirmava que:
 A satisfação no cargo é função do conteúdo ou atividades desafiadoras e estimulantes do cargo, são os chamados "fatores motivadores";
 A insatisfação no cargo é função do ambiente, da supervisão, dos colegas e do contexto geral do cargo, enriquecimento do cargo (ampliar as responsabilidades) são os chamados "fatores higiênicos".

Fatores higiênicos
Esses fatores estão relacionados com o meio que o funcionário atua, são fatores determinados pela organização, e que fazem parte da cultura da empresa, ou seja, fora do controle dos funcionários, de responsabilidade apenas da empresa e de seus respectivos administradores. Esses fatores são necessários para ajustar os colaboradores a seu ambiente, porém não são determinantes para gerarem motivação ou produtividade a longo prazo. São fatores que referem-se às condições que rodeiam o funcionário enquanto trabalha, englobando as condições físicas e ambientais de trabalho, o salário, os benefícios sociais, as políticas da empresa, o tipo de supervisão recebido, o clima de relações entre a direção e os funcionários, os regulamentos internos, as oportunidades existentes etc. Correspondem à perspectiva ambiental. Constituem os fatores tradicionalmente utilizados pelas organizações para se obter motivação dos funcionários. Herzberg considera esses fatores higiênicos muitos limitados na sua capacidade de influenciar poderosamente o comportamento dos empregados. Este, escolheu a expressão "higiene" exatamente para refletir o seu caráter preventivo e profilático e para mostrar que se destinam simplesmente a evitar fontes de insatisfação do meio ambiente ou ameaças potenciais ao seu equilíbrio. Quando esses fatores são ótimos, simplesmente evitam a insatisfação, uma vez que sua influência sobre o comportamento, não consegue elevar substancial e duradouramente a satisfação. Porém, quando são precários, provocam insatisfação.
Fatores motivacionais
Estes fatores são aqueles que se referem ao conteúdo do cargo, às tarefas e aos deveres relacionados com o cargo em si. São os fatores motivacionais que produzem algum efeito duradouro de satisfação e de aumento de produtividade em níveis de excelência, isto é, acima dos níveis nominais. O termo motivação, para Herzberg, envolve sentimentos de realização, de crescimento e de reconhecimento profissional, manifestados por meio do exercício das tarefas e atividades que oferecem um suficiente desafio e significado para o trabalhador.
 3.3 Teoria de David McClelland
(20 de Maio de 1917 - 27 de Março de 1998), psicólogo americano, Apresentou 3 necessidades (ou motivos) como os responsáveis pelo comportamento humano. A essa teoria chamou de Teoria da Motivação pelo Êxito e / ou Medo. Para ele os principais vetores da necessidade para que um ser humano pudesse obter a sua satisfação eram:

NECESSIDADE
MEIO PARA OBTER SATISFAÇÃO
Realização
Competir como forma de auto-avaliação
Afiliação
Relacionar-se cordial e afetuosamente
Poder
Exercer influência
  
A Teoria de McLelland afirma que cada pessoa tem um nível de necessidade diferente da outra. Mas, essas necessidades nunca são nulas, ou seja, sempre haverá um traço dessa necessidade, por menor que seja, principalmente a "Realização", que é a primeira necessidade aprendida durante os primeiros anos de vida.
A base da Teoria afirma que quando um indivíduo consegue algo através de algum motivo, o mesmo meio será utilizado para resolver outros problemas. Isto caracteriza o estilo da pessoa.
Essas necessidades apontadas por McClelland correspondem aos níveis mais altos da pirâmide de Maslow e aos fatores motivacionais de Herzberg.

Os três tipos de necessidades podem, melhor, ser entendidos a seguir:
1.       Necessidade de Realização
 Pessoas que apresentam uma elevada necessidade de realização (Need for Achievement - nAch - Necessidade de Realização) buscam a excelência. Dessa forma, tendem a evitar situações tanto com altos como com baixos riscos. As pessoas com esta necessidade evitam situações de baixo risco porque o sucesso que é atingido facilmente, não é uma realização verdadeira. Em projetos de alto risco, os indivíduos vêem o resultado como uma oportunidade e não como algo vindo dos nossos próprios esforços. Indivíduos de nAch alta preferem o trabalho que tem uma probabilidade moderada de sucesso.
2.       Necessidade de Afiliação
 Aqueles que apresentam uma alta necessidade de afiliação (Need for Affiliation - nAff - Necessidade de Afiliação) necessitam ter relações harmoniosas com outras pessoas e precisam se sentir aceitos pelos demais componentes de um grupo, comunidade ou sociedade. Essas pessoas têm uma tendência a aceitar as normas do seu grupo de trabalho. Pessoas com alta nAff dão preferência ao trabalho que proporcione uma interação pessoal significativa.
3.       Necessidade de Poder
 A Necessidade de uma pessoa para o poder (Need for Power - nPow - Necessidade de Poder) pode ser dividida em dois diferentes tipos: os pessoais e os institucionais. Pessoas com necessidade de poder pessoal, geralmente, necessitam um alto poder pessoal e sentem a necessidade de comandar os demais. Essa necessidade, normalmente é vista como indesejada pelas demais pessoas do grupo. Já os indivíduos que necessitam do poder institucional gostam de organizar as tarefas, deveres e esforços dos demais indivíduos, visando alcançar os objetivos daquele grupo.

4.1  O pensamento de Bergamini

Há diferenciação entre motivação e condicionamento.

•Condicionamento: variáveis extrínsecas como recompensas, punições, advindas do ambiente. No trabalho acontece mais movimento e manipulação do que ações de pessoas realmente motivadas.
A motivação e intrínseca. Ocorre dentro da pessoa.










Modelo basico da motivação
Relação de estímulos:  (relacione os seus estímulos)
1)      Elogios, incentivos, demonstração de confiança.
2)      Solidariedade e reafirmação do valor das pessoas como seres humanos.
3)      Aceitação das possibilidades e dos limites de cada um.
4)      Permissão para as pessoas errarem e incentivo para aprender.
5)      Compartilhar autoridade.
6)      Desafiar as pessoas para que alcancem seu padrão de excelência
7)      Comunicação explícita e eficaz dos padrões organizacionais desejados.
8)      Coerência entre discursos e ações. Educação, sobretudo pelo exemplo.
9)      Concessão do direito de expressar seus sentimentos.
10)   Nunca constranger uma pessoa na frente de outra. Isso humilha e fere a auto-estima.
11)   Estímulo para que as pessoas sintam orgulho do que fazem. A autoridade precisa ser cultivada.