O
fato de viver em sociedade nos impõe uma série de normas, proibições e
regulamentos que, quase sempre, contrariam nossos mais fortes desejos e
impulsos, ainda que inconscientes. Os meios de que nossa psique lança mão para
controlar o conflito entre os impulsos e a necessidade de ceder à realidade e às suas exigências são
denominadas mecanismos de defesa e de adaptação.
Em
um trabalho, do menor ao mais complexo, colocamos nosso raciocínio, nossa
emoção, nossa capacidade motora, enfim, nos identificamos com ele. É natural
que necessitemos de reconhecimento e o desejamos. Quando o reconhecimento não
acontece, nos deparamos com o vazio. Na tentativa de superar a dor, buscamos
preenchê-lo muitas vezes por meio de mecanismos de defesa, frequentemente
inconscientes, que visam apaziguar conflitos
e frustrações.
Vamos
considera-los “válvulas de escape” de uma panela de pressão: se não existirem,
ou não funcionarem a contento, a panela explode. A explosão em nosso caso é a
doença ou até a morte.
A
presença desses mecanismos nos beneficia e inevitavelmente recorremos a eles na
nossa luta de lidarmos com a realidade e suas frustrações e conflitos
inerentes.
Entretanto,
esses mecanismos podem vir a ser prejudiciais quando passam a ocorrer nas três
seguintes situações:
1.
Ineficácia ou inadequação dos
mecanismos de defesa para apaziguar um conflito.
2.
Uso exagerado, em frequência e
intensidade, desses mecanismos, mesmo os adequados.
3.
Uso de mecanismo nocivos em si
mesmos, independentemente da intensidade ou sequência com que sejam utilizados.
1.3.1 Mecanismos de Defesa
Desejáveis
Podemos dividir os
mecanismos de defesa em dois grupos: aqueles que
bem utilizados, são saudáveis e benéficos, e os indesejáveis, que são nocivos e
potencialmente destrutivos.
Dentre os
desejáveis vamos enumerar:
- · recalque
- · compensação
- · racionalização
- · idealização
- · formação de reação
- · deslocamento
- · sublimação
1.3.2 Mecanismos de Defesa Nocivos
São eles:
- · projeção
- · conversão ou somatização
- · autopunição ou masoquismo
- · regressão
- · negação
- isolamento e fuga..
Fonte: Carvalho, Maria do Carmo Nacif. Relacionamento Interpessoal. Editora LTC.
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